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Fixação - Kid Abelha
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Graduado em Letras  pela Fundação Raimundo Marinho
Pós graduado Latu Sensu em Ensino e Aprendizagem
de Lingua Inglesa pela UFAL; Mestre em Teologia (FETSP)
Escritor; webmaster; SEO (APLACC)
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Artigos

Construindo a Igualdade Social

Muito se ouvia falar a respeito do século XXI. Uma época de esperanças, onde tudo que havia sido plantado e planejado nos séculos anteriores, seria colhido. Ao adentrar-se em tal século, esperava-se já encontrar uma plataforma social bem definida  e estruturada de tal forma que se tivesse, naturalmente,  o mínimo possível para uma vida justa e saudável em todos os aspectos. Diferente daquela sociedade de simples aspirações ou até de batalhas fervorosas, tão presentes no decorrer do século XX, pelos cobiçados direitos humanos. 

Seria o século XXI  a era onde o ser humano se livraria dos falsos modismos; das invenções dos pseudo-intelectuais; das montagens dos dominantes da mídia; dos conchavos políticos, etc.? Os fatos nos levam a crer que não. Nem tudo está acontecendo como o esperado. Ainda que em sua primeira década, mas já dentro do novo século, o que se nota é que as conquistas sociais ainda estão aprisionadas entre os “muros” que sustentam o afã dos mesmos e antigos vilões por nós mesmos construídos. A sociedade entra no século das esperanças, mas, não se livra de suas antigas amarras.

Sabe-se que ainda é cedo para exigir resultados consistentes considerados tão difíceis de serem atingidos, afinal de contas o século está apenas em seu início. Contudo, chega a ser decepcionante para os remanescentes do século XX que esperavam ver e, quem sabe, até viver as mudanças sociais que eles, direta ou indiretamente tanto ajudaram a construir.

Mesmo que em seu início, a décima parte do novo século já está indo embora e os seres humanos continuam na antiga e viciosa prática da compra e venda de interesses pessoais em lugar da proveitosa prática da conquista dos mesmos. A conquista daquilo que se almeja induz o cidadão ao crescimento pessoal e do meio ao qual ele pertence. Já o “comércio” do que se almeja induz e favorece uma corrupção desmedida que traz resultados tão maléficos que chega a cegar a própria sociedade que o promove. Não se sente o mal que se pratica mas, amarga-se gravemente, sua consequência.

Vertical e horizontalmente, a sociedade anseia pela mudança que lhe é crucial, porém, a tridimensionalidade do imediatismo faz com que cada integrante espere que tal mudança ocorra de um modo geral, enquanto ele continua na prática de atitudes que visam alcançar objetivos que favoreçam apenas os próprios interesses. Egocentrismo – a mais pura característica do típico cidadão atual.  A transformação social é esperada como se fosse acontecer num passe de mágica ou, se o referido acontecimento só pudesse se concretizar com a profética volta de Cristo. Essa volta começa a acontecer dentro de cada ser, com a preservação e ostensiva prática das virtudes que o tornam verdadeiramente filho de Deus.

Não se pode almejar a consolidação de aspectos como amor, paz ou igualdade social, pois, são estruturas que só se concretizam no conjunto. Mas, essa consolidação não condiz com a própria natureza egocêntrica do cidadão atual.

Numa sociedade que se dá ao luxo de exigir direitos, negligenciando parcial ou totalmente a prática dos deveres, classificando tal prática como democracia, teria, no mínimo, que amargar consequências, por si só, danosas ao desenvolvimento de suas gerações. A sociedade remanescente do século XX endossa a idéia de que viver em democracia é ter a habilidade de legalizar o crime, exigir direitos e extinguir  virtudes.

Para o francês Tocqueville, em: A Democracia na América, “...a educação que tem sido praticada na América é formatada para ser, primeiramente, comercial e implacável defensora dos interesses do estado, antes de ser literária e intelectual.” Esse modelo de educação não poderia produzir outra coisa que não fosse uma estrutura social tolhida pelo devaneio da ilusão de estar sendo educada, quando, na verdade, estar sendo “conduzida”... conduzida ao desinteresse social; ao individualismo; ao desrespeito; à corrupção, etc.

Por isso, entende-se que a transformação social não depende apenas de uma transformação educacional, sobretudo, de uma transmutação em sua consciência capaz de conduzir o cidadão a abdicar da tentação de, por exemplo, eleger alguém em troca de favores que beneficie apenas a si.  

Conclui-se que a tão sonhada a crucial igualdade social só será concebida se a sociedade cair em si e começar a entender que o que se pratica hoje, proporcionará uma “emboscada”  de consequências sem precedentes, para seus futuros filhos. A realidade atual já mostra algo semelhante ao que estar por vir, porém, em dimensões bem inferiores.

Os Quatro Tipos de Pessoas que tomam assento à mesa.

Há quatro tipos de pessoas que, apropriadamente, tomam decisões à mesa da vida: as mentalmente sofredoras que, obviamente, são o veneno social; as tolas que necessitam, urgentemente, despertar; as saudáveis que, simplesmente, são felizes  e as sábias que, logicamente, dominam as sendas da grande jornada.

1 – as pessoas que pertencem à primeira classe são aquelas que são dominadas por suas mentes doentias. Que vivem a maquinar investidas contra tudo e contra a todos.

Em sua maioria, são falsas e mentirosas, cheias de artimanhas, promíscuas e desnudas de quaisquer virtudes. Por isso mesmo, não merecem a mínima confiança. Traem com muita facilidade, são volúveis e vítimas das próprias tentações. Como postulava Freud, “... nascem polimorficamente perversas”. Traem a si mesmas, pois não têm amor próprio; à sua família, pois não respeitam nem os filhos a quem deram à luz; ao próprio Deus, pois já não têm a certeza do que verdadeiramente são. São perigosas e, por isso mesmo, merecem as consequências de seu próprio castigo. Sofrem continuamente pois praticam os mesmos  erros repetidamente. Seus títulos estão mofando em alguma gaveta, enquanto sua mente permanece no limiar de um ego exacerbado fincado na mediocridade irracional. Geralmente não aceitam sua infelicidade e atribuem aos outros a causa de sua degradação moral.  São perseguidoras e, enquanto não levam os outros para o precipício, não sossegam. Quando são desmascaradas, fazem-se de vítimas e choram copiosamente. São capazes de enganar até o mais exímio dos juízes.  São sonsas e vivem disfarçadas de boa gente. Todo cuidado é pouco ao lidar com esse tipo de pessoas. A salvação de uma pessoa desse grupo é considerado algo de extrema dificuldade, mesmo sendo comuns suas constantes e descaradas presenças nas igrejas. Na verdade, elas teriam que nascer novamente, pois, já estão fazendo “estágio” para o “inferno” que as aguarda.

2 – as tolas – pertencem ao rebanho... dos que acreditam em tudo; dos que assistem a tudo; dos que aderem a tudo; dos que ouvem tudo; dos que compram tudo; estão sedadas,  são vítimas em potencial. Logicamente, sofrem também. Contudo, é um sofrimento decorrente de atitudes promovidas pela lavagem cerebral que recebem. Logo, suas atitudes são perdoáveis. Obviamente, os tolos estão mais próximos da salvação de que os que pertencem ao primeiro e repugnante grupo de pessoas.  O sofrimento dos tolos se dá porque se deixam enganar, não enxergam a verdade nas entrelinhas, compram gato por lebre e ainda se dão por satisfeitos. O sofrimento dessas pessoas não “arde” no espírito tanto quanto arde no bolso. O choro dos tolos é verdadeiro, não se trata do produto de um sentimento maquiavélico, forjado para enganar, choram por conta do prejuízo que, por ventura, levaram. Fazem de tudo na obtenção de dinheiro para comprar, comprar e comprar...,  para pagar, pagar e pagar. São presas fáceis das pessoas do primeiro grupo, dos falsos políticos, dos charlatães, da mídia, etc. São as vítimas do “Panis et circense”.  Só precisam... acordar... subir a montanha... ficar acima das ilusões... retirar a venda que os cega.

3 – as mentalmente saudáveis – há um grupo menor de pessoas que são equilibradas. Seus sentimentos sempre promovem agradáveis sensações aos que os rodeiam. Dá gosto estar ao lado dessas pessoas. Praticamente não choram, mas, quando o fazem, é por puro contentamento – dá vontade de abraçá-las. Só desejam o bem, são sinceras e são justas. Superaram as tentações consideradas banais e, por conta disso, são felizes por natureza. Tudo o que possuem foi conseguido com competência e profissionalismo. Promovem a paz por terem consciência que a paz está no interior de cada ser.

4 – por fim, há os sábios – um grupo realmente pequeno de dedicados buscadores. Mas, para o bem da humanidade, nunca estará em extinção. Sempre é possível encontrar um aqui ou acolá. Há muito tempo, subiram a montanha e já não fazem parte do grande rebanho dos iludidos. Muitas vezes, são confundidos com os excluídos – por não participarem da grande e alegre marcha em direção ao “matadouro”...,  por não serem influenciados facilmente..., por não chorarem as lágrimas dos desesperados. São ridicularizados por serem imunes às invencionices midiáticas. Os obstáculos são encarados pelos sábios como puro ensinamento e parte das fases evolutivas de sua vida. Essas pessoas estão praticamente livres do sofrimento, pois são prudentes e suas ações são dotadas de um incrível raciocínio lógico que jamais lhes proporcionarão frutos desagradáveis. Todo sábio é um ser mentalmente saudável por natureza, jamais se desesperam. São sólidos, sensatos e prudentes. São as que dominam suas mentes e, obviamente,  não são dominadas por elas. Cada minuto de sua vida é uma dádiva de sabedoria, cada lugar freqüentado é fonte de conhecimento. Falam pouco, muito dizem; ouvem muito, pouco absorvem. Em sua percepção, há um filtro que, naturalmente, exclui absolutamente tudo aquilo que é desnecessário. Não dão importância à crítica dos sofredores, pois suas vidas são pautadas na constante busca pela comunhão com o Criador. 

DATAS:
* 2017
Março
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